domingo, 28 de abril de 2013

Incoerência no Discurso

Algumas pessoas vivem pelo simples prazer de odiar. Não que elas tenham uma causa específica pra odiar. Qualquer pessoa, coisa ou assunto pode virar o alvo para demonstrar com quanto rancor ela vive guardado dentro dela e como ela é mal amada (para não dizer um outro "mal") e pobre de alma.

Eu já cheguei a passar um tempo off do Facebook porque pensei que uma ferramenta como esta - que tem um poder tão vasto de compartilhar informação com diversas pessoas em diversos lugares ao mesmo tempo - estava sendo jogada fora por inutilidades, por futilidades, pela falta do exercício do intelecto humano.

Porém, admito que todos precisamos de momentos fúteis, momentos para esquecer das coisas sérias e apenas rirmos de tudo e do nada. Não sou ninguém para julgar quem deve ou não se interessar pelo país ou mundo que vive. Cabe a cada pessoa dosar o quanto de futilidade ela consegue digerir por dia e aprendi a conviver com isso nesta terra virtual (mas confesso que nem sempre sou imune à tristeza que me vem ao pensar como seria se todo esse interesse fosse canalizado para outras áreas).

No entanto, ainda não aprendi a ler tais "opiniões" (ou poderíamos dizer: "demonstrações de ódio"?) e não me perguntar o objetivo delas. Ora, esses tais "odiadores" soberanos - eles que acham que possuem um senso crítico tão elevado e que pensam que estão acima dos outros pobres seres não tão desenvolvidos intelectualmente quanto eles - não saberiam eles que a argumentação faz parte do intelecto humano? Ou será que realmente o prazer deles vem apenas do ódio gratuito? Tragédias, mortes, sofrimento e dor são vítimas de tanto ódio originado dessas pessoas. Se fossem, pelo menos, comentários construtivos. Mas não, o que vemos é apenas o rancor, que às vezes vem disfarçado de escárnio.

Cito aqui apenas um exemplo do alvo deles: é muito fácil reclamar de tudo e dizer que o sistema é corrupto e falho, mas não fazer nada (absolutamente nada) para se alcançar mudanças, para tentar ir atrás do que você acredita (ou ir contra aquilo que você não acredita). Se você reclama de quem está te roubando e depois reclama de quem está tentando fazer algo contra quem te rouba, o que você quer afinal?

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Religião: retiro espiritual ou justificativas para odiar?

Todas essas polêmicas de Malafaia's, Feliciano's e seguidores me fazem pensar:

É engraçado que quando a gente assiste um filme ou lê sobre a época da escravidão, os argumentos que usavam para não dar liberdade aos negros, ou para não aceitá-los como iguais para o voto etc eram praticamente os mesmos que usam hoje em dia para não aceitar que os direitos dos gays sejam garantidos - com exceção do argumento do "cientista" Malafaia, que diz que ninguém nasce gay, apesar de muitos discordarem.

Ninguém é obrigado a aceitar o comportamento do outro, ainda mais numa instituição onde você pode criar as regras que quer, mas não aceitar que o outro tenha seus direitos a segurança e a uma vida com paz, assim como todo outro deveria ter, é uma atitude de alguém sem amor no coração e, para mim, deus é amor.

O pior de tudo é querer colocar medo nas pessoas, o medo é uma ótima ferramenta para evitar mudanças. Assim como o governo faz com a população, espalha o medo para que assim o povo se cale, os pastores também fazem com seus fiéis e admiradores. Eles espalham o medo dizendo que a verdadeira intenção dos "malvados" ativistas gays é elevar o comportamento gay a um patamar maior do que a do hétero (oi?!) e, dessa forma, fazer com que todos comecem a ser gays também (piada, né?). Eles ousam ir mais longe e dizer que com tais leis de combate a homofobia, os gays podem se aproveitar de um brecha para praticar atos de pedofilia (!).

Vocês não precisam aceitar, senhores pastores, mas respeitem, por favor! Existem héteros ateístas e gays também. Existem héteros cristãos e gays também. Existem héteros pedófilos e gays também. Porém, a orientação sexual da pessoa não determina religião (ou falta dela), nem se a pessoa tem bom ou mau caráter e nem se ela possui doenças ou desordem mentais (como a pedofilia) ou não.

A intolerância possui várias máscaras, mas acredito que a mais feia de todas elas é a religião. No caso, não a religião em si, mas a pessoa que se esconde atrás dela pra justificar seu ódio por tudo que não se enquadra nos padrões que ela determina como certos e únicos. Não desrespeite o próximo em nome de Jesus, ele nada tem a ver com sua falta de amor.