sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Melhor Amiga

Clara - Alô.

Luana - Amiga! Sou eu, como você tá?

Clara - Lú! Tá tudo bem, querida. E com você?

Luana - Tudo indo, Clarinha. Você sabe, né, gata? Meio do semestre chega e o tempo aperta.

Clara - Ai, nem me fala. Tô naquela velha correria do semestre também, sem tempo pra muita coisa, além do trampo e da facul. Mas na verdade, amiga, liguei porque queria conversar sobre outra coisa.

Luana - Nossa, é algo sério? Me conta.

Clara - Ai, amiga. Você lembra que eu te falei que o Henrique ainda mantém contanto com a ex dele, a Isabel?

Luana - Sim, você já me falou isso, mas ele te traiu com ela, amiga?!

Clara - Credo, não. Não saberia nem qual seria meu estado agora se isso tivesse acontecido!

Luana - E o que aconteceu?

Clara - Aconteceu que de uma hora pra outra eles voltaram a ser amigos de saída. Depois da aula agora é de praxe eles saírem com a turma da facul pra tomar um chopp, por exemplo. No início tentei não me importar, mas agora não consigo, amiga. A gente anda brigando muito por causa dela.

Luana - Ah, gata. Isso é tão típico dos homens. Justificar para as namoradas que uma amizade muito próxima com uma outra mulher é normal. Você lembra do que aconteceu comigo e com o Roberto, não é? Primeiro ele começou com umas saidinhas com o pessoal do trabalho e sempre quando eu perguntava quem estava no "bando" o nome da infeliz sempre surgia despretensiosamente no meio de outros nomes, supostamente confiáveis. Isso quando ele era mencionado.

Clara - Ai, amiga, o que eu faço? Acho que estou ficando neurótica. Não consigo pensar em outra coisa.

Luana - Eu sei o que é isso. Você ainda não começou a querer seguí-lo? Eu fiquei assim, era uma tortura. Mas você tem que ficar sempre atenta, foi o que eu fiz. O Roberto nunca admitiu, mas tenho certeza que aconteceu algo entre ele e "aquelazinha". Eu mereço mais do esses namorados que não me dão atenção e preferem sair com os amigos e amigas do que comigo.

Clara - Mas, aí é que tá. A gente tem feito as mesmas coisas. Saímos juntos como antes. Só que agora quando ele sai e eu não estou com ele penso que ele está com ela.

Luana - E ele pode estar. Se você continuar desconfiando, faça como eu, confronte-o. Eu me senti bem melhor quando fiz isso.

Clara - Mas eu já fiz isso. Só que não quero parecer a louca que toca sempre no mesmo assunto e que não acredita no que o namorado diz.

Luana - Ai, amiga nossa história é muito parecida. Clarinha, eu acho que você vai ter que fazer o que eu fiz, terminar o namoro. Foi a melhor decisão que podia ter tomado.

Clara - Ai, amiga. Eu não sei se eu consigo. Eu o amo tanto.

Luana - Ah, mas eu amava o Roberto também. Eu lembro como eu estava apaixonada por ele. Mas se ele não está sendo fiél com você, não vale a pena. Acredite em mim, eu já passei por isso.

Clara - Mas é um ano e meio de namoro. Vivemos muita coisa juntos. Você não acha que eu devia dar uma chance para ele e confiar mais no que ele diz?

Luana - Olha, Clara. Se você confiar demais nele, você vai acabar se decepcionando quando ele aprontar alguma com você. Fique de olho abeto pra você não sofrer depois. É assim que eu ajo e tenho me virado bem até agora. Confia em mim, eu só quero seu bem.

Clara - Ai, amiga, vou pensar no que você tá dizendo. Obrigada por escutar os meus problemas.

Luana - Me liga quando precisar. Às Vezes, é bom ver as coisas por uma outra perspectiva. Ainda mais se for de uma pessoa que está desejando o melhor pra você.

Clara - Obrigada, Lú. Depois a gente marca uma saída com todo mundo.

Luana - Claro. Beijão, amiga.

Clara - Beijo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Elixir



Eu vou vestir os seus olhos,

Para uma análise mais clara,

Para que exergue tudo melhor.

Vista os meus olhos

E escute a música das nossas peles,

A melodia causada por essa colisão

E a harmonia das nossas pulsações,

Que nos dizem o que as palavras não o fazem.